Arara, Casserengue e Curral de Cima, aprovaram por decreto legislativo, o estado de calamidade devido a crise hídrica. A medida entende que além da falta de água, a estiagem tem repercussões nas finanças públicas das cidades. O decreto publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (7), é válido por 180 dias.
O estado de calamidade autoriza a adoção de medidas administrativas de forma mais efetiva. Em casos de urgência, as aquisições de bens e serviços podem ser feitas com dispensa de licitação. Na última semana, as cidades de Solânea e Bananeiras, no Brejo da Paraíba, também tiveram o estado de calamidade pública decretado. As duas cidades sofrem com a falta de água.
O presidente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Marcus Vinícius Neves, disse que garante água de qualidade e gratuita à população. “Todas as cidades que estão em racionamento grave ou colapso contam com caixas d’água nas suas zonas urbanas, visando o abastecimento de qualidade pelos carros-pipa. Nós já ampliamos os pontos de abastecimento em várias estações de tratamento que disponibilizamos de água, conversado com os municípios para termos as menores distâncias de transporte, aumentando a quantidade de carros que já foram identificados e cadastrados”.
O governador João Azevêdo (Cidadania), anunciou uma série de medidas para o enfrentamento da crise hídrica no estado, a exemplo da construção de adutora, distribuição de caixas d’água, perfuração de poços e instalação de bombas. “Nós estamos montando o processo de licitação para a grande adutora do Cariri, que irá captar água do São Francisco e levar para a região do Cariri e chegar até Taperoá e Junco do Seridó. Também estamos retomando a adutora do Curimataú, que irá beneficiar uma parte dos municípios do Brejo. Essas serão adutoras com mais de 350 km, cada uma, beneficiando as regiões que mais sofrem com a falta de água”, disse.