Merendeiras de escolas municipais de Campina Grande denunciaram a falta de alimentos para alunos, que já retornaram as aulas presenciais. Vídeos disponibilizados pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), mostram geladeiras vazias.
Nas imagens, as merendeiras abrem as geladeiras e mostram que todos os compartimentos estão vazios. Em outras imagens, aparecem alimentos, mas em pouca quantidade. Além das geladeiras, armários e despensas aparecem sem nenhum alimento.
De acordo com a denúncia, os alimentos não estão sendo mandados para escolas e creches pelos fornecedores, que têm contrato com a Secretaria de Educação da cidade, desde o dia 19 de novembro. E por causa disso, os alunos estão sendo liberados mais cedo, por não terem como se alimentar.
Raymundo Asfora Neto, Secretário de Educação de Campina Grande, informou que uma das empresas fornecedoras atrasou o prazo da entrega dos alimentos
“Ela [a empresa] desobedeceu a ordem de funcionamento. Após isso, a gente tomou conhecimento de uma declaração de inidoneidade. Ou seja, a empresa não é idônea de contrato com o poder público”, informou o secretário.
De acordo com Asfora, as medidas a serem tomadas são: a extinção do contrato com os fornecedores, um chamamento dos segundos colocados da licitação de alimentação.
“Se isso não for o suficiente, a gente vai fazer um contrato emergencial, para contemplar o restante do ano letivo”, ressaltou.
A previsão da secretaria é para que a situação seja amenizada na próxima semana, que começa no dia 6, com a chegada de cereais e alimentos essenciais, como feijão, arroz e macarrão.