Pesquisadores identificaram elevada concentração de cobre na água do Açude Velho, um dos principais pontos turísticos de Campina Grande. A pesquisa do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), que está em andamento, tem como objetivo verificar a presença de metais pesados e avaliar os possíveis impactos socioambientais da identificação desses elementos.
Até agora, foram realizadas duas coletas em pontos diferentes do açude e, até o final do projeto, estão previstas outras visitas. O relatório parcial divulgado pelo professor orientador Edmílson Dantas já indica a presença do cobre em alta concentração. “O metal pesado cobre foi detectado com quantidade média superior em cinco vezes o permitido pela legislação, sendo o único dos metais analisados que entra em desacordo com o que é preconizado pelo Ministério da Saúde”, relatou.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a presença de pequenas quantidades de cobre em organismos vivos é essencial. O problema está no excesso.
“A ingestão de água contendo altas concentrações do metal pode produzir náusea, vômito, dor abdominal e diarreia. As crianças são mais sensíveis aos efeitos da exposição ao cobre. A exposição prolongada a concentrações elevadas do metal em alimentos ou água pode causar dano ao fígado de crianças,” diz uma ficha de informação toxicológica da Cetesb.
O entorno do Açude Velho é usado pela população para a prática de atividades físicas, como corrida, caminhada e ciclismo. No entanto, não são raras as situações de pessoas se banhando na água ou retirando peixes para consumo próprio.