A justiça decretou a prisão preventiva de uma mulher trans identificada como Aysla, suspeita de envolvimento no assassinato de Yasmim, também mulher trans, assassinada na última quarta-feira (8), no bairro de Manaíra, em João Pessoa. Nesta segunda-feira (13) ela se apresentou na Central de Polícia para prestar depoimento.
“Existia um mandado de prisão temporária já expedido hoje. Nesse contexto, foi pedido a apreensão do aparelho celular e o sigilo quebrado. A suspeição seria de uma mandante e não executora”, explicou a delegada.
O aparelho será periciado pela inteligência. A suspeita será encaminhada para a audiência de custódia. “Testemunhas confirmaram que há uma disputa por local, por beleza”, continuou a delegada sobre uma possível motivação.
A acusada disse que teve uma discussão com a vítima sobre disputa por clientes, mas negou envolvimento no crime. Que acredita que pessoas que não gostam dela teriam feito denúncias anônimas. A defesa da Aysla afirmou que tem como provar que ela estava em um restaurante no dia do crime e que tudo será esclarecido.
“Fomos surpreendidos porque não tem nenhuma prova concreta que ligue Aysla ao fato que aconteceu. Elas tiveram uma discussão há algumas semanas atrás, discussão comum, de prostituição, de beleza, de atendimento a cliente. Como ela mesmo fala, tem pessoas que não gostam dela”, disse o advogado Felipe Morais.