Nesta quarta-feira (23), o Gaeco cumpre oito mandados de busca e apreensão da Operação Feira de Mangaio. Os alvos da operação são duas empresas localizadas em João Pessoa: Meta Comércio e Serviços Eireli (Meta Investimentos) e HML Comercial Ltda (Rei dos Esportes). O grupo empresarial faz parte de um mesmo núcleo familiar.
Além das empresas cinco pessoas são investigadas: Douglas Bernardo Azevedo (sócio da Meta Investimentos), Olivan Teles Bezerra Neto, Douglas de Araújo Gomes, Tyrone de Araújo Gomes e Gisele Costa Gomes.
A Meta é uma “multiempresa” que embora tenha como atividade principal intermediar e agenciar serviços e negócios em geral, engloba mais de 90 atividades secundárias. Desde coleta de resíduos perigosos a obras de urbanização.
Em uma consulta na plataforma Sagres, do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB), é possível ver que a empresa ganhou diversas licitações desde que foi fundada em março de 2018. Só no último ano, consta que a Meta realizou serviços para mais de 30 prefeituras, tendo um total empenhado de R$ 3.958.158,61.
Na lista, estão as prefeituras de João Pessoa, Cabedelo, Bayeux, Santa Rita, Conde, Areia, Guarabira, Patos, Catolé do Rocha, Sobrado, São Bento, Riachão do Bacamarte, Pitimbu, Pirpirituba, Picuí, Pedro Régis, Monteiro, Marizópolis, Juazeirinho, Itatuba, Ingá, Cuité de Mamanguape, Cruz do Espírito Santo, Amparo e Alhandra.
Os serviços são também de natureza diversa. Em São Bento, por exemplo, a empresa forneceu material escolar, com um total de R$ 21.275. Em Sobrado, foi responsável pela implantação e manutenção do sistema de prontuário eletrônico em 4 Unidades Básicas de Saúde (UBS), tendo um total de R$ 32 mil.
Para a Prefeitura de Santa Rita, tem o fornecimento de material escolar, material esportivo, computadores e equipamentos de informática, garrafinhas de plástico. O total empenhado foi de R$ 976.934,52.
A Prefeitura do Conde empenhou R$ 193.140 pelo fornecimento de infraestrutura tecnólogica para implantação e manutenção do prontuário eletrônico E-Sus. E em julho, a empresa forneceu tintas para a demarcação de vias da cidade.
De acordo com o Gaeco, as irregularidades praticadas podem ter acarretado desvios de recursos em diversas áreas, a exemplo do desenvolvimento esportivo de estudantes das redes municipais de ensino e da prestação de serviços de saúde.