De acordo com o cirurgião geral Caio Guimarães, o homem baleado pelo filho de 13 anos no sábado (19), em Patos, está paraplégico. Isso significa que ele não sente os membros inferiores. O pai segue internado na área vermelha do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande.
Segundo o cirurgião, ainda não há como afirmar se as sequelas serão permanentes. Ele permanece internado, mas sem entubação e consciente e orientado. O adolescente de 13 anos também é suspeito de matar a mãe e o irmão a tiros e foi transferido para o Centro Especializado de Reabilitação de Sousa, no Sertão da Paraíba.
Na mesma ocasião em que o pai foi baleado no tórax, morreram uma mulher de 47 anos (mãe do suspeito) e uma criança de sete anos (irmão do suspeito). Em depoimento, o suspeito confessou os disparos e alegou que vinha sendo pressionado para ter boas notas e sendo proibido de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos de escola.
No sábado (19), ao ter mais uma vez o celular apreendido, ele considerou que isso era a “gota d’água”. De acordo com um depoimento prestado na presença de uma advogada e de uma parente, ele declarou que atirou na mãe enquanto ela estava deitada na cama do quarto. Quando o pai voltou da farmácia, ele atirou nele também. Por fim, quando o irmão abraçou o pai, assustado com os tiros, foi baleado pelas costas.
A mãe e irmão morreram na hora. O pai foi transferido para o hospital, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que foi chamado pelo próprio suspeito.