O juiz Carlos Neves da Franca Neto determinou a transferência de Johannes Dudeck, acusado de matar Mariana Thomaz, em João Pessoa, para o Presídio do Roger. Ele é apontado por não apresentar diploma de curso superior que justifique sua permanência na prisão especial no bairro do Valentina, mesmo tendo relatado ter diploma de nível superior durante a audiência de custódia.
A transferência resulta de uma fiscalização com pedido de providências sobre a prisão de Johannes Dudeck, acusado de matar Mariana Thomaz, no dia 12 de março de 2022. Segundo o relatório do juiz, faltava a apresentação do diploma que comprovasse o que Johannes havia dito, na audiência de custódia, sobre ser formado em curso superior.
“No presente caso, foi aceita pelo juízo da Custódia a afirmação do custodiado em audiência de que seria portador de Diploma de curso superior, o que restaria configurado o direito à recolhimento em prisão especial até o trânsito em julgado de eventual sentença condenatória; situação que ficou pendente, até que houvesse a apresentação do diploma respectivo.”
Ainda conforme relatou o magistrado, o MPPB solicitou a transferência de Johannes para o Presídio do Roger após a defesa não apresentar seu diploma de curso superior. “O Ministério Público, por seu D. representante, requereu diligência (Sequencial 14.1), pugnando pela apresentação do Diploma referido, o qual não foi apresentado, não obstante intimada a Defesa; pelo que requereu, ao final, o Órgão Ministerial (Sequencial 40.1), a sua imediata remoção para a Penitenciária Des. Flóscolo da Nóbrega [do Roger].”
Também de acordo com o juiz Carlos Neves de Franca Neto, “o custodiado, portanto, além de não apresentar o necessário Diploma, tentou justificar a sua prisão especial com fundamento que não se enquadra nas disposições do art. 295 do CPP.” A promotora Artemize Leal solicitou, então, a remoção de Johannes para a cela comum.
O juiz, então decidiu que “ante o exposto, considerando que o custodiado não fez prova de ser portador de Diploma de curso superior, e inexistindo motivo outro que justifique sua permanência em prisão especial, acolho o parecer do Ministério Público e determino a sua imediata remoção para a Penitenciária Des. Flóscolo da Nóbrega, adequada ao acolhimento de preso provisório.”
Durante um namoro que durou cerca de um mês, Mariana Thomaz foi encontrada morta no apartamento de Johannes Dudeck no bairro do Cabo Branco, em João Pessoa, no dia 12 de março deste ano. O rapaz disse que a namorada havia passado mal, mas a perícia encontrou sinais de estrangulamento e ele acabou preso pela Polícia Militar.