O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas na Paraíba (Sebrae/PB) aponta que a média de vida dos negócios em operação no estado é de pouco mais de três anos. A realidade paraibana segue uma tendência nacional
O maior grupo de pessoas jurídicas é formado pelos microempreendedores individuais (MEI), que somam 161.897 cadastros, seguido das microempresas (ME), que correspondem a 72.506 inscritos. As empresas de pequeno porte (EPP) são apenas 8.637, enquanto as demais que estão fora do Simples Nacional totalizam 6.318. Ao todo, a Paraíba está prestes a chegar a 250 mil empreendimentos distribuídos, notadamente, em João Pessoa, Campina Grande, Patos, Santa Rita e Bayeux.
Segundo o especialista em Administração Marcos Leão, a principal causa da alta taxa de mortalidade empresarial está na gestão. “A vida dos negócios tende a ser ainda menor nos próximos anos, porque o mundo está cada vez mais instável. Em períodos de turbulência econômica, instabilidade dos mercados globais e da aceleração nas dinâmicas de mercado, a falta de uma gestão profissionalizada torna-se o fator crítico de sucesso para a sobrevivência dessas empresas”, afirma.
A celeridade com que ocorrem as mudanças no mercado, somado aos novos conceitos quer vão moldando a sociedade, tendem a prejudicar a sobrevivência das empresas. Isso ocorre, destaca Leão, “porque muitos empreendedores, sem uma visão estratégica e de futuro, não conseguem acompanhar os movimentos que entregam novas e melhores alternativas às necessidades dos consumidores”.
Para o professor da H. Forte Soluções Educacionais, associada à Fundação Dom Cabral (FDC), os três primeiros anos são cruciais e poderão definir a saúde dos estabelecimentos. “Os meses iniciais são o de aporte, portanto é a fase do investimento. Depois disso, é necessário gerar resultado e o desafio maior está entre o segundo e o terceiro ano. Por isso, é tão importante criar, desde o primeiro dia de trabalho, uma cultura de condução estratégica que pense à frente e não apenas no dia a dia”, orientou Marcos.
De acordo com a última pesquisa divulgada em 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), menos de 40% das empresas nascidas no Brasil sobrevivem após cinco anos. O estudo mostra que, quanto maior o porte da companhia, maior é a chance de permanência no mercado.
Com Sebrae