Na última segunda-feira (8), o desembargador Paulo Maia Filho, membro do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, ordenou que Buega Gadelha retomasse o cargo de presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP).
Há uma semana, Buega Gadelha foi removido de seu cargo por uma decisão de primeira instância. No entanto, de acordo com o desembargador, a remoção de Buega do seu posto não era justificável.
Segundo consta em trecho da decisão:
“Tratando-se de dirigente sindical eleito, o seu afastamento só se justifica, salvo situações excepcionais, após o devido processo legal e comprovadas irregularidades em sua gestão, mediante aferição de prova robusta, ínsita à cognição exauriente”.
O caso
No dia 3 deste mês, a Justiça determinou o afastamento de Gadelha após receber uma denúncia de suposto envolvimento em irregularidades cometidas na realização de obras do Sistema S.
Em comunicado oficial, a Fiep declarou que recebeu a notificação com tranquilidade e que tomará todas as medidas necessárias para garantir o seu cumprimento. A entidade também expressou confiança no sistema judiciário e reiterou que o caso será devidamente esclarecido.
O juiz Arnaldo José Duarte do Amaral, que ocupa a 2ª Vara do Trabalho de Campina Grande, deferiu um pedido de concessão de tutela provisória movido pelo Sindicato da Indústria de Material Plástico e de Resinas Sintéticas (Sindiplast/PB).
O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), órgão vinculado ao Ministério Público da Paraíba, denunciou Francisco Gadelha no âmbito da Operação Cifrão, que investiga alegações de irregularidades no Sistema S do estado da Paraíba.