Os prefeitos da Paraíba expressaram insatisfação em relação à distribuição dos recursos destinados ao pagamento do piso da enfermagem em seus municípios. Embora o Ministério da Saúde tenha destinado R$ 28 milhões mensais para o estado e seus 223 municípios, os gestores municipais afirmam que existem distorções nos valores repassados a cada cidade.
Uma das principais críticas é que o montante destinado ao pagamento do piso teria privilegiado municípios com serviços de saúde de média e alta complexidade, em detrimento da atenção básica. O presidente da Federação dos Municípios da Paraíba (FAMUP), George Coelho, destaca que o valor repassado é suficiente para cobrir apenas um terço dos gastos necessários.
Ele menciona o caso de Cajazeirinhas, no Sertão, que receberá apenas R$ 12 mil, apesar de contar com 19 profissionais de enfermagem. Em contraste, Pombal, também no Sertão, receberá R$ 198 mil mensais, e Piancó terá acesso a R$ 321 mil.
Diante dessas distorções, a FAMUP recomendou aos prefeitos que não encaminhem projetos de regulamentação do piso para suas Câmaras de Vereadores, ou seja, a orientação é não pagar o piso salarial das categorias por enquanto.
Essa situação revela que a luta dos profissionais da enfermagem ainda não chegou ao fim, evidenciando a necessidade de uma solução definitiva para essa questão orçamentária. É fundamental que as categorias vejam a lei aprovada no Congresso se tornar efetiva e deixar de ser apenas uma promessa no papel.