Nascido em Caxias, no Maranhão, em 10 de agosto de 1823, Antônio Gonçalves Dias completaria 200 anos na quinta-feira (10).
Escritor, jornalista, advogado, professor, teatrólogo e poeta, Gonçalves Dias foi um expoente do romantismo brasileiro e da tradição literária conhecida como indianismo.
Entre suas obras famosas estão ‘Canção do Exílio’, uma das mais estudadas nas escolas brasileiras.
“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá”.
Escreveu ainda o poema ‘I-Juca Pirama’ e ‘Ainda uma vez, Adeus’, que trata da história de amor mal resolvida entre o poeta e Ana Amélia.
“Enfim te vejo! — enfim posso,
curvado a teus pés, dizer-te,
que não cessei de querer-te,
pesar de quanto sofri.
Muito penei! Cruas ânsias,
dos teus olhos afastado,
houveram-me acabrunhado
a não lembrar-me de ti!”
O escritor foi pesquisador das línguas indígenas e do folclore brasileiro. No poema I-Juca Pirama, Gonçalves Dias narra a captura de um guerreiro Tupi pelos Timbiras, quando o capturado faz um apelo de vida em seu canto de morte.
“Sou bravo, Sou forte, Sou filho do Norte,
guerreiros, ouvi!
Meu canto de morte,
guerreiros, ouvi:
sou filho das selvas,
nas selvas cresci;
guerreiros, descendo
da tribo tupi!”
Em 1864, aos 41 anos, Gonçalves Dias morreu no naufrágio do navio Ville de Boulogne, vindo da Europa com destino ao Brasil. Seu corpo nunca foi encontrado.
Com Agência Brasil