O jornal O Globo revela que o PT deverá disputar as eleições municipais com candidaturas próprias em 16 Capitais. Em João Pessoa, o partido discute qual será o candidato, de acordo com a reportagem que você confere abaixo:
De volta à Presidência após articular uma frente ampla de partidos em 2022, o PT deve ceder espaço a aliados nas eleições municipais deste ano e registrar o menor número de candidatos em capitais dos últimos 32 anos. O planejamento da legenda prevê lançar nomes próprios a prefeito em apenas 16 dos 26 estados onde haverá disputa. Nas demais, apoiará nomes de outras legendas, o que não vai impedir o partido de enfrentar saias-justas — seja no apoio a nomes do seu próprio campo político ou ao enfrentar siglas que compõem a Esplanada dos Ministérios.
A mudança de estratégia ocorre após um resultado pífio há quatro anos, quando o partido concorreu em 21 capitais, mas não conquistou nenhuma. O desempenho das últimas eleições foi considerado como o “fundo do poço” por dirigentes petistas, que agora preferem concentrar esforços onde há chance de vitória.
Entre as capitais em que o partido abriu mão de aparecer como cabeça de chapa nas urnas estão três dos quatro maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Na capital paulista, será a primeira vez que o PT não terá um nome desde a sua fundação, na década de 1980.
No Nordeste, onde o partido de Lula costuma ter uma base de apoio forte, também haverá redução. Em 2020, o partido só não disputou a prefeitura de São Luís. Agora, estará fora em Salvador, onde deve apoiar a candidatura de Geraldo Junior (MDB), além da capital maranhense e de Recife, cidades nas quais estará na chapa de nomes do PSB. Por outro lado, deve lançar nomes em Maceió e Natal, e ainda discute qual será o candidato em João Pessoa e Fortaleza.
O número de 16 candidatos em capitais, caso confirmado, ficará próximo da disputa de 2012, quando 17 petistas disputaram prefeituras de capitais. Na ocasião, a então presidente Dilma Rousseff estava em seu início de mandato e o PT optou também pelo apoio a candidatos de siglas aliadas, como Eduardo Paes (então no MDB), no Rio, e o ex-deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), em Curitiba. Já o maior número foi em 2004, com 23 petistas. Há 20 anos, o PT estava em ascensão após eleger Lula presidente pela primeira vez.