Seguindo o mesmo roteiro “suicida” do jornalismo profissional militante, os principais portais de notícias da Capital enveredaram pelo comportamento da “má fé”, se comportaram de modo suspeito e partidário, num evento merecedor e digno de registro “imparcial”. O público sabe, que por trás de um profissional dos meios de comunicação existe um ser humano que tem preferências e escolhas. Todavia, não deve se furtar ao óbvio. É pecaminoso para sua função minimizar ou ampliar fatos e acontecimentos. Seu papel é narrar a realidade dos acontecimentos. Seu compromisso é com o leitor, ouvinte ou telespectador, que confia na sua fidedigna credibilidade.
Na última sexta-feira (13/04/2024) a passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro pela cidade de João Pessoa – Capital da Paraíba – foi o maior acontecimento político desde 2022, protagonizado por ele mesmo. Se superou. Nada comparável a nenhuma manifestação popular ocorrida desde então. Num dos maiores bairros populares (Mangabeira), o povo invadiu as ruas na passagem da carreata/motociata, tendo à frente o ex-presidente Jair Bolsonaro, trincheira do conservadorismo Cristão Patriota.
Por onde esteve, a multidão o acompanhou. Nem Lula, nos seus melhores dias – década dos anos 2000 – quando os sindicatos convocavam com pão e mortadela, mais uma “oncinha” (50,00), sua militância profissional, trazendo caravanas de outros estados e interior – conseguiu levar às ruas 1/4 do povão que debaixo de sol forte seguiu Bolsonaro sexta-feira 13.04.2024. Em tempo: a mobilização foi em João Pessoa, na vizinha cidade portuária, Cabedelo, e a noite no Domus Hall, espaço do maior Shopping Center da Capital, destinado a grandes eventos, frequentado pela classe média e média alta. Área que acomoda mais de 5 mil pessoas: totalmente lotada.
Por outro lado, isto não implica na aprovação da gestão do governador João Azevedo. O paraibano gosta do seu jeitão. Mas, não vota em seus candidatos. João Azevedo tem um sonho de consumo juvenil de ser “petista”. Todavia, o partido o detesta e não o aceita. Abriga-se no PSB, como hóspede e refém de um núcleo que tenta comandar o PT, raiz do Estado, sem sucesso. Seria de bom alvitre, alguém com juízo, mostrar a João Azevedo que ele está jogando fora uma oportunidade única, de se firmar como grande liderança política do Estado. Para tanto, basta se livrar da “parasitagem” palaciana que o usa. Teste a tese de seus asseclas, e determine que eles levem às ruas de João Pessoa, ou qualquer outra cidade do Estado, o mesmo número de pessoas que Bolsonaro arrancou de suas casas e o seguiu gritando “Mito”. Tente João!
O Instituto de pesquisas Quest divulgou uma amostragem sobre os governadores com maior índice de aprovação no Brasil. Ronaldo Caiado (GO) lidera com 86%. Seguido por Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ratinho Junior (PR)… Não divulgaram a posição de João Azevedo. Mas, constataram que os governadores “doutrinados” da esquerda lulista ocupam as últimas posições. E é neste bloco que João Azevedo pretende desfilar nas eleições 2026? O governo Lula da Silva está em queda livre. Não vai cumprir com nada que prometeu.
Amanhã (15/04/2024) todas as Universidades Públicas e IF (Institutos Federais de Educação) entrarão em greve. Seus salários de hoje representam menos da metade que ganhavam há vinte anos. Estão empobrecidos, foram “achatados”, e perderam o status de classe média, no passado alta, hoje baixa.
Ronaldo Caiado foi um grande crítico do governo Bolsonaro, inclusive chegou a romper com o mesmo. Tarcísio de Freitas conquistou o centro e centro-esquerda do eleitorado paulista. Ratinho Júnior é eleitor de Bolsonaro, como Zema. A diferença deles para João Azevedo é a sintonia com o povo, que não quer, não suporta e vai defenestrar a anacrônica “doutrina” do prato de comida para os pobres, e privilégios para os ricos campeões do lulismo. Sempre os mesmos. O espírito do homem é alimentado por prosperidade, grandeza, alto consumo e hábitos que lhes dão prazer. O Bolsa Família, inspirado no estômago e intestino, mal consegue suprir os desejos de suas vísceras.
Por Júnior Gurgel