O médico, ex-ministro e candidato a prefeito de João Pessoa, Dr. Marcelo Queiroga (PL), concedeu entrevista ao Gazeta do Povo nesta quarta-feira (18), onde reafirmou sua aposta na força eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e na alta votação que conquistado pelo Bolsonarismo em 2022, na capital paraibana.
No segundo turno das eleições presidenciais, Lula e Bolsonaro empataram percentualmente em João Pessoa, com uma margem estreita de apenas 900 votos a favor do atual presidente. A menor margem do país.
Dois anos depois, os números apontam crescimento de Queiroga. Na última pesquisa Quaest, divulgada nesta terça-feira (17) pelo portal de notícias G1, o atual prefeito da cidade, Cícero Lucena (PP), lidera com folga: tem 49% da intenção de votos do eleitorado na pesquisa estimulada, enquanto o ex-ministro de Bolsonaro aparece empatado com o candidato do PT, Luciano Cartaxo, ambos com 11%. À frente dos dois está o candidato Ruy Carneiro (Podemos), com 14%.
Os dados mostram que uma parte dos eleitores de Bolsonaro em 2022 está tendendo a não votar no candidato dele para a prefeitura da cidade. Para Queiroga, pode haver erro nas pesquisas. ”Não há dúvida de que os eleitores que votaram no presidente Bolsonaro vão optar por nossa candidatura. Se as pesquisas eleitorais ainda não apontaram esse fato, isso se deve a questões metodológicas”, disse o candidato à reportagem da Gazeta do Povo.
“Em 2022, os candidatos mais votados [na cidade] são do nosso espectro politico, inclusive, Sérgio Queiroz, candidato mais votado ao Senado na região metropolitana de João Pessoa. Estou confiante na nossa participação no segundo turno das eleições. Não temos dúvida”, continuou.
Queiroga também atribui a preferência atual do eleitorado à dificuldade de fazer campanha política, com suposta perseguição de facções criminosas a candidatos da oposição. Na última semana, a Polícia Federal deflagrou a operação Território Livre, que apura crimes de aliciamento violento de eleitores e a atuação de uma organização criminosa.
Os candidatos de PT e Podemos à prefeitura de João Pessoa, além do próprio Queiroga, se uniram para protocolar no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) um pedido de envio de tropas federais até o término do processo eleitoral, para garantir a segurança do pleito. Eles acusaram Cícero Lucena de estar envolvido. O prefeito nega as acusações.
“Durante o processo eleitoral houve restrição de acesso e ameaças em algumas comunidades da cidade. No âmbito da operação Território Livre a própria vereadora que é investigada, em sua rede social, diz que teve seu acesso restrito ao bairro São José, pois seria área de outro vereador, e somente conseguiu entrar no bairro quando acompanhou a campanha majoritária do prefeito, candidato a reeleição, Cícero Lucena”, disse Queiroga.