A primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, foi indiciada pela Polícia Federal por suspeita de integrar uma organização criminosa voltada a influenciar as eleições na capital paraibana. Outras onze pessoas foram indiciadas, incluindo a vereadora Raíssa Lacerda e a ex-secretária executiva de saúde Janine Lucena, filha do prefeito Cícero Lucena. O relatório da Polícia Federal, assinado pelo delegado Davi Silva Sampaio, foi divulgado na quarta-feira (16).
A Operação “Território Livre”, que apura aliciamento violento de eleitores, e a Operação Mandare, que investiga relações entre facções criminosas e órgãos públicos, são responsáveis pela identificação dos envolvidos. Segundo as autoridades, os indiciados poderão responder por crimes como organização criminosa, coação de eleitores e peculato.
Entre os principais alvos estão Raíssa Lacerda, suspeita de liderar o esquema, e Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, articuladora de Raíssa no bairro Alto do Mateus. O marido de Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, Keny Rogeus Gomes da Silva, chefe da facção Nova Okaida, e outros suspeitos de ligação com facções criminosas também foram citados no inquérito.
A defesa de Lauremília e Janine Lucena, em nota, nega qualquer envolvimento com as práticas ilícitas e reitera que elas não têm participação nos crimes investigados. A Polícia Federal segue com as investigações, e o Ministério Público Eleitoral (MPE) analisará o relatório para decidir sobre as possíveis ações judiciais.
O POVO PB
