Principais pré-candidatos da oposição ao cargo de governador em 2026 e companheiros de chapa em 2022, o senador Efraim Morais Filho (União Brasil) e o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) já deram a largada na pré-campanha para sucessão estadual.
Com isso, a oposição tende a antecipar os seus movimentos e fazer sua escolha majoritária bem antes dos governistas, que seguem presos na dependência da decisão do atual governador João Azevedo (PSB) em abril de 2026, com um rosário de pré-candidatos, entre os quais: Deusdete Queiroga (PSB), Lucas Ribeiro (PP), Cícero Lucena (PP), Adriano Galdino (REP) e Hugo Motta (REP).
Enquanto isso, a atual oposição capitaneada pelo grupo Cunha Lima, tenta voltar ao comando do Governo do Estado, tabu que persiste desde a vitória de Cássio Cunha Lima (PSDB) nas eleições de 2006.
Num rasgo de sagacidade, o presidente estadual do PSDB, Fábio Ramalho, pediu que o bloco defina rapidamente seu candidato ao Governo, no prudente raciocínio de que não existe exército forte sem general liderando as tropas. Ramalho defende oportunamente que, para consolidar a união de todos os membros do grupo e prevenir tensões de última hora, o ideal é a oposição revelar o candidato ao Governo do Estado já no começo de 2025. Quanto maior a demora, maior a sofreguidão.
Até porque esse lado já tem dois naturais nomes postos para disputa ao Senado: Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e Sérgio Queiroz (Novo).
Enquanto tenta “tirar da imprensa” as divergências internas, a oposição deve, sem culto à personalidade de ninguém, fazer sua escolha em unidade, buscando o nome que tenha mais competitividade para o duro enfrentamento contra o grupo do atual governador.
A bifurcação entre Efraim e Pedro, cacifados em nível estadual nas eleições de 2022, é óbvia. Sendo provável, inclusive, que Pedro seja o vice de Efraim ou indique o nome, ou que Carol Morais seja a vice de Pedro. São as duas composições que a democracia indicou e uma delas deve ter o martelo batido de forma indolor.
Sem o eterno fascínio pelo risco, a oposição não deve permitir mais um insólito e inconsequente “balão de ensaio” do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos), que já deixou o seu cavalo passar selado em 2022, quando contava com o apoio de todo o agrupamento e, sem mais nem menos, desistiu. Jogou seus partidários em maus lençóis, deixando-os com o barco à deriva, numa atitude “teratológica” que alguns acreditam até hoje ter comprometido a vitória das oposições. E agora, para 2026, gato escaldado de medo de “Água Fria”.
Como diria Lulu Santos: “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”.
Por Ytalo Kubitschek