Um arquivo inédito, com mais de 300 páginas, trouxe à tona novas informações sobre a separação dos Beatles, lançando luz sobre questões que vão além das tensões criativas ou pessoais que dominaram as narrativas.
Os documentos, que serão leiloados pela casa Dawsons, apontam para uma realidade financeira turbulenta após a morte de Brian Epstein, empresário do grupo, em 1967. Sem a figura central na gestão dos negócios, os membros passaram a questionar a administração de seus recursos. A desconfiança aumentou quando o grupo passou a ser investigado pelas autoridades fiscais, um fator até então pouco discutido como contribuição para o rompimento.
Além disso, disputas envolvendo os direitos sobre músicas e projetos cinematográficos alimentaram as discordâncias. A divergência sobre a direção artística do grupo parece ter se intensificado quando essas questões financeiras e legais se tornaram mais evidentes.
O arquivo revela que o fim da banda foi tão prático quanto emocional. Enquanto as canções marcavam uma era, os bastidores eram palco de contratos, reuniões e projetos que ajudaram a encerrar o capítulo de um dos grupos mais icônicos da história.
Os documentos não prometem reescrever a história, mas ajudam a entendê-la melhor, oferecendo um olhar direto sobre os desafios que coexistiram com a genialidade musical dos Beatles.
Por Hermano Araruna