O jornalismo brasileiro perdeu neste domingo, 19 de janeiro de 2025, uma de suas vozes mais emblemáticas. Léo Batista, nascido João Baptista Belinaso Neto, faleceu aos 92 anos no Rio de Janeiro, após complicações decorrentes de um tumor no pâncreas.
Natural de Cordeirópolis, interior de São Paulo, Léo iniciou sua trajetória profissional no rádio, ainda na adolescência. Em 1955, migrou para a televisão, estreando na extinta TV Rio. Em 1970, ingressou na TV Globo, onde se consolidou como uma referência no jornalismo esportivo. Foi pioneiro na apresentação de programas como o “Jornal Hoje” (1971), “Esporte Espetacular” (1973) e “Globo Esporte” (1978).
Ao longo de sua carreira, Léo Batista participou da cobertura de 13 edições de Jogos Olímpicos e 13 Copas do Mundo, demonstrando uma dedicação ímpar ao esporte. Sua voz inconfundível marcou os tradicionais “Gols do Fantástico” aos domingos, tornando-se parte da memória afetiva de gerações de telespectadores.
Torcedor declarado do Botafogo, Léo recebeu homenagens do clube, incluindo uma cabine batizada com seu nome no Estádio Nilton Santos. Em 2019, teve a oportunidade de anunciar a escalação do time em uma partida, momento que emocionou os presentes.
Em janeiro de 2022, enfrentou a perda de sua esposa, Leyla Chavantes Belinaso, com quem foi casado por seis décadas. Mesmo diante das adversidades, manteve-se ativo profissionalmente, afirmando que, enquanto tivesse saúde, continuaria trabalhando.
A morte de Léo Batista representa o fim de uma era no jornalismo esportivo brasileiro. Sua trajetória serve de inspiração para profissionais da área e deixa um legado de excelência, ética e paixão pela comunicação.
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