“Não é gerando mais instabilidade que nós vamos resolver o problema do país”. Do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), ao ser indagado, em entrevista a uma emissora de rádio de João Pessoa, se pretendia colocar em votação algum pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT) protocolado na Casa.
Motta cumpriu agenda nesta sexta-feira (7) na Paraíba. A primeira desde que assumiu a presidência
Ele argumentou que Lula foi legitimamente eleito pelo povo, ressaltando que não iria “fazer nenhum tipo de movimento que traga para o país instabilidade e incertezas porque, fazendo isso, nós só vamos conseguir aumentar ainda mais os desafios que temos pela frente.”
O deputado paraibano afirmou que existem vários pedidos de impeachment protocolado na Casa durante a gestão de Arthur Lira (PP). E acredita que outros tantos aparecerão, em função “do momento político que nós temos no país”.
Caso isso aconteça, ele afirma, “será importante checar, ver se tem fundamento, se tem consistência, mas não está no nosso horizonte fazer nenhum tipo de movimento nesse sentido [colocar em votação].
“Não foi golpe”
Ainda na entrevista, Hugo Motta opinou que os atos antidemocráticos de ‘8 de Janeiro de 2023’ não se caracterizam como uma tentativa de golpe de estado, orquestrada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
E explicou o seu ponto de vista: “Querer dizer que foi um golpe. Golpe tem que ter um líder, tem que ter uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas como as Forças Armadas e não teve isso”. Para ele, foram apenas atos “de vândalos, baderneiros” inconformados com o resultado da eleição que deu a vitória à Lula.
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