“Vamos atuar sempre com muita firmeza para garantir que os trabalhos não sejam prejudicados”. Do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), que está em Patos, neste sábado (22), no Sertão paraibano. A fala dele está relacionada ao episódio do início da semana, quando deputados governistas e de oposição causaram tumulto em plenário no calor das discussões sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL), em que o ex-presidente é acusado de articular um golpe de estado para se perpetuar no poder, após a derrota nas eleições de 2022.
Governistas gritavam “sem anistia” para os acusados de tentarem o golpe de estado, enquanto os parlamentares de oposição bradavam que “Lula e ladrão”. No momento, a sessão era presidida pela da terceira secretária da Mesa, Delegada Katarina (PSD-SE), que não conseguiu conter os ânimos. Assim, Hugo Motta assumiu o comando e repreendeu, energicamente, os deputados, afirmando que não iria tolerar comportamentos inadequados.
“Temos uma preocupação muito grande de não deixar que esse clima de radicalismo político no país impeça o funcionamento normal da Câmara. Vamos exercer a presidência com a autoridade e o poder que ela tem para garantir a ordem”, afirmou.
Motta acha salutar a pluralidade de opiniões na Casa, afirmando que isso faz parte do processo democrático, mas tudo dentro de um contexto de respeito entre as partes.
“É a Casa para se fazer oposição, para se defender o governo, faz parte da democracia, mas dentro do respeito, dentro da liturgia do cargo. Quando isso é ferido, o presidente estará lá para restabelecer a ordem e garantir que a Câmara dos Deputados seja uma casa respeitada pelo povo”, disse.
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