O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) recomendou ao Ministério da Defesa que dois militares reformados, José Antônio Nogueira Belham e Jacy Ochsendorf e Souza, sejam declarados “indignos do oficialato” pelo assassinato do ex-deputado Rubens Paiva durante a ditadura. Se acatada, a medida pode resultar na perda de suas patentes e aposentadorias.
Paiva foi preso em casa, no Rio de Janeiro, em janeiro de 1971. Levado ao DOI-Codi, foi torturado até a morte. O regime militar encobriu o crime e até hoje seu corpo nunca foi encontrado.
A reabertura do caso reuniu novos elementos que reforçam a responsabilidade do Estado. Para o CNDH, reconhecer a indignidade dos envolvidos é um passo necessário para justiça e memória.
Na manhã desta segunda-feira (24), a Zona Sul do Rio de Janeiro foi palco de um ato do Levante Popular da Juventude. Diante da casa de José Antônio Nogueira Belham, general reformado do Exército, o movimento denunciou sua participação na tortura, desaparecimento e morte do ex-deputado Rubens Paiva, um dos símbolos da repressão militar no Br
O protesto ocorre no marco dos 29 anos desde que o Estado conheceu oficialmente a morte de Paiva — um atraso de 25 anos para admitir que a sua família já sabia. O caso ilustra a demora histórica em responsabilizar agentes da ditadura, muitos dos quais seguiram suas vidas s
Enquanto palavras de ordem ecoavam pelas ruas arborizadas da cidade, os manifestantes reafirmavam um compromisso que atravessa gerações: lembrar para que nunca mais se repita.
Por Hermano Araruna
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