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Home Arte & Cultura

Billy the Kid: História, Lenda, Fatos e Filmes…

por Romero Azevêdo
10 de março de 2025
em Arte & Cultura
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Billy the Kid: História, Lenda, Fatos e Filmes…
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Qual é a sua versão preferida da história de Billy The Kid (acima foto original dele, autor desconhecido) no cinema?

A primeira foi feita por King Vidor em 1938, Os Vingadores, nunca vi. A mais recente é Billy The Kid: O Fora Da Lei de Vincent D’Onofrio, 2019, essa eu vi.

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O primeiro filme que vi sobre esse personagem histórico (sim, existiu mesmo) e lendário (a tradição oral, o jornalismo e a literatura criaram o mito) foi no Cine Avenida na segunda metade dos anos 1960: Um De Nós Morrerá, 1958, de Arthur Pen, roteiro baseado numa obra de Gore Vidal, com Paul Newman como Billy. Digo logo que das 6 versões que tive a oportunidade de ver, produções dos anos 40, 50, 70, 90 e 2000, a mais descomedida atuação é a de Paul Newman. Impregnado pelo famoso método de atuação de Lee Strasberg do renomado Actors Studio de Nova York (por onde passaram também Marlon Brando e James Dean) a atuação de Newman carrega num imaginário psicológico que pertenceria ao personagem despojando-o completamente do seu lado mais humano, ou seja, de sua personalidade e caráter. Para nós, entusiasmados adolescentes cineclubistas, essa primeira visão no velho Avenida foi bastante impactante, revisto agora na maturidade os arroubos cênicos de Newman em algumas sequencias, com excessivas caras e bocas e trejeitos, dão a impressão que ele está tendo uma crise provocada por uma intoxicação alimentar ou coisa parecida. É um modo de atuar mais próximo do palco de um teatro, bem distante da tela num filme. Resumindo: você tem a permanente impressão, pelo menos eu tive, de estar vendo sempre o ator Paul Newman e não o personagem Billy The Kid, em se tratando de uma abordagem assentada no naturalismo, como é o filme de Pen, a atuação não convence.

Em O Proscrito, Howard Hughes/Howard Hawks, 1943, Jack Buetel encarna um Bily The Kid bem próximo das narrativas que ficaram gravadas em livros e jornais da época: rebelde como pede a juventude, irônico, cínico, destemido, apoiando tudo isso no par de “muletas” calibre 38 que manejava como poucos. Nesse filme os roteiristas Jules Furthman, Howard Hawks e Ben Hecht se permitiram escrever uma licença poética bem cinematográfica: promoveram o encontro, e a amizade, de Billy The Kid com Doc Holliday (atuação memorável de Walter Huston), fato jamais acontecido na vida real, sequer se conheciam. A fotografia é de Greg Tolland (Cidadão Kane, As Vinhas da Ira, O Morro dos Ventos Uivantes, O Galante Aventureiro, entre muitos outros) e Lucien Ballard (Meu Ódio Será Sua Herança, Bravura Indômita, Nevada Smith, Elvis É Assim e mais 147 outros títulos). A trilha sonora, um clássico do gênero, é de Victor Young.

No meio desses filmes com o personagem real do Oeste tem um inacreditável Billy the Kid contra Drácula, sim o vampiro criado por Bram Stocker em 1897! A produção é de 1966, roteirizada por Carl K. Hittleman e dirigida por William Beaudine(a mesma dupla lançou também em 1966 outro western-terror: Jesse James contra a filha de Frankenstein, não, não é piada, é vero). Nesse Billy the Kid contra Drácula, John Carradine, com uma estampa mais para Zé do Caixão que Bela Lugosi ou Christopher Lee, faz o vampiro e o maduro Chuck Courtney é the Kid. Ver para crer.

Pat Garret and Bily The Kid, Sam Peckinpah, 1973. A versão de Peckinpah já inverte a ordem de valores dos nomes dos personagens no título: primeiro vem o nome de Pat Garret, o xerife, ex companheiro de Billy, que entrou para a história como o homem que matou Billy The Kid. O filme tem um elenco de primeira: James Coburn como Pat Garret, Kris Kristofferson como Billy The Kid, Katy Jurado como Mrs. Baker, Jason Robards como o governador Wallace, Barry Sullivan como o fazendeiro Chisum, o também lendário ator, roteirista e diretor mexicano Emilio Fernandez como Paco e, de quebra, Bob Dylan (que também assina a trilha musical) como… Bob Dylan. Aliás, é desse filme a metafísica e bela canção Knockin’ on Heaven’s Door.

Conta a história que as filmagens desse hoje clássico foram bastante tumultuadas, Peckinpah estava no auge do alcoolismo que lhe dominava. Chegava no set às 9 da manhã, conta James Coburn, e tomava logo uma garrafa de vodka para iniciar os trabalhos, esse “pique” durava até às 3 da tarde, quando, totalmente embriagado, encerrava os trabalhos e ia beber até altas horas da noite. Esses excessos não transparecem no filme, a mis-en-scène é perfeita, própria de um mestre do cinema, de um autor que imprimia sua marca, seu estilo, mesmo num filme controlado pelos produtores da indústria.

Pat Garret and Billy The Kid é um daqueles raros filmes onde tudo se encaixa em harmonia: elenco, direção, fotografia, trilha sonora, direção de arte, figurinos, edição, cenografia, roteiro, diálogos. Kris Kristofferson faz um Billy The Kid sem exageros, centrado na humanidade do personagem, seus rompantes de valentia, mas seus medos também. Aqui já dou um spoiler antes que acabe o texto: é a minha versão preferida de Billy The Kid (e Pat Garret).

Os Jovens Pistoleiros, Christopher Cain, 1988, Emilio Estevez é um Billy The Kid quase perfeito, coloco essa atuação logo após a de Jack Buetel em O Proscrito, até agora a melhor caracterização de Billy no cinema.

O filme tem todo o frescor e despojamento dos anos 1980, especialmente na composição dos tipos, vestimentas e cabelos. Kiefer Sutherland, Lou Diamond Phillips e Charlie Sheen, todos em início de carreira, se destacam no elenco que tem ainda os veteranos Brian Keith e Jack Palance. Em 1990 foi feita uma continuação, Jovens Demais Para Morrer, escrita pelo mesmo roteirista John Fusco, com o mesmo diretor de fotografia Dean Semler e com o mesmo elenco principal acrescido de James Corburn que no filme de San Peckinpah fez o xerife Pat Garret e aqui aparece como o histórico fazendeiro John Chisum.
Por último temos Billy The Kid: O Fora Da Lei, produção de 2019 dirigida por Vincent D’Onofrio.

Nesse filme Pat Garret é Ethan Hawke (grande atuação) e Billy The Kid é Dane DeHaan, um jovem pistoleiro anárquico que debocha em alto bom som da lei e da justiça e não hesita em matar para não morrer, ou escapar da prisão. A atmosfera do filme reflete bem esses conturbados e imprevisíveis anos do século 21, onde tenho a impressão que a civilização perde cada vez mais espaço para a barbárie (em todos os níveis).

Apesar do título não é um filme sobre Billy The Kid, mas sob Billy The Kid. Quando ele morre (não, não é spoiler, essa história é conhecida desde 14 de julho de 1881) ainda temos 19 minutos de filme pela frente, o que é muito tempo ainda.

Um ponto em comum une todos esses filmes: a base dos roteiros, inclusive o de Gore Vidal filmado por Arthur Pen, são as muitas versões sobre a vida de Billy The Kid, todos, com ligeiras variações, convergem para dois episódios: a morte de Billy abatido pelo ex-amigo Pat Garret e o assassinato de dois agentes da lei por Billy quando fugiu da prisão no Fórum de Lincoln em 12 de julho de 1879, o demais é a mais pura invenção. Isso não é ruim, afinal trata-se de cinema, não de história. Um fato relevante que pôs em xeque as tais “provas incontestáveis da história” contribuiu para uma falsa imagem do jovem pistoleiro durante anos: uma foto dele empunhando com a mão esquerda o revólver. Esse detalhe influenciou o título original do filme de Arthur Pen com Paul Newman: The Left Handed Gun, algo como a pistola do canhoto (na verdade o título é de Gore Vidal pois o roteirista do filme, Leslie Stevens, adaptou uma versão teatral para a TV de Vidal que já tinha esse título). Depois se descobriu que na época, final do século 19, primórdios da fotografia, ao imprimir a foto no papel o processo invertia a imagem, como um espelho. Flagrados com as calças nas mãos, os guardiões da história fidedigna (existe isso?) tentaram sair do vexame afirmando: “na verdade ele era ambidestro”…rsrsrsrs.

É de se notar também nesses filmes a presença da imprensa e de folhetins acompanhando e registrando as peripécias de Billy The Kid. Ele inclusive, assim mostram os filmes, acompanhava e se deliciava em ver o nome impresso nas páginas dos jornais e folhetos. Nesse último filme que vi, o de 2019, tem uma cena hilariante: preso e sendo conduzido numa carroça, algemado, Billy dá uma entrevista a um repórter que se aproxima do cortejo. No filme de Arthur Pen um dos refúgios de Billy é uma cabana com as paredes forradas por jornais com manchetes sobre o pistoleiro e aqueles cartazes de “procura-se vivo ou morto”. Sam Peckinpah mostra Billy lendo um folhetim contando uma história dele e caindo na risada com as imprecisões do texto.

John Ford em O Homem Que Matou O Facínora, 1962, sacramentou o aforismo: Quando a lenda se torna fato, imprima-se a lenda. Os filmes de faroeste americanos e italianos, os filmes de cangaceiros aqui no Brasil, os filmes de samurais eternizados por Kurosawa e Masaki Kobayash no Japão, são sobretudo lendas que se tornaram fatos cinematográficos, histórias que falam mais do presente em que os filmes foram feitos que do passado que querem representar.

Ainda bem que é assim.

Por: Romero Azevêdo

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