Começou nesta segunda-feira (7) a campanha nacional de vacinação contra a gripe de 2025. A mobilização envolve o Ministério da Saúde, estados e municípios para alcançar ao menos 90% de cobertura entre os grupos prioritários, que somam cerca de 81,6 milhões de brasileiros. A vacina, produzida pelo Instituto Butantan, tem distribuição gratuita pelo SUS e protege contra as principais variantes do vírus Influenza em circulação no país.
Neste primeiro momento, a imunização será ofertada nos 20 estados das regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. A Região Norte iniciou a vacinação em setembro de 2024, por conta do chamado “inverno amazônico”, período em que os vírus respiratórios circulam com mais intensidade. O investimento total na campanha foi de R$ 1,3 bilhão, com a aquisição de 73,6 milhões de doses.
A vacina é trivalente, ou seja, atua contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B do Influenza. Dados do Ministério da Saúde indicam que ela pode evitar entre 60% e 70% dos casos graves e mortes relacionadas ao vírus. A aplicação é anual e, na maioria dos casos, requer apenas uma dose. Crianças vacinadas pela primeira vez, no entanto, precisam de duas aplicações, com 30 dias de intervalo.
Para quem é a vacina
A dose está disponível nos postos de saúde para um amplo grupo da população. Entre os prioritários estão crianças entre 6 meses e 5 anos, gestantes, idosos com 60 anos ou mais, profissionais da saúde, professores, pessoas com comorbidades ou deficiência permanente, indígenas, pessoas em situação de rua, trabalhadores no transporte rodoviário, das forças de segurança e do sistema prisional, além da população carcerária e jovens em medidas socioeducativas.
Apesar do público-alvo mais amplo, a meta de cobertura de 90% é voltada principalmente para os grupos com vacinação prevista no calendário nacional: crianças, gestantes e idosos. Para os demais, a vacinação é considerada complementar.
A vacina também pode ser administrada junto a outros imunizantes, como o da Covid-19. Caso haja sobra de doses durante a campanha, municípios poderão ampliar o público para além dos grupos definidos inicialmente.
Vacinar é proteger a coletividade
A gripe pode parecer um incômodo passageiro, mas é responsável por milhares de hospitalizações todos os anos. Em 2023, mais de 8.600 brasileiros desenvolveram síndrome respiratória grave em decorrência do Influenza. Para muitos, a vacina representa a diferença entre uma recuperação tranquila e uma internação.
A campanha segue até o fim do primeiro semestre, com expectativa de ampliar o acesso e reduzir a circulação do vírus em todo o país. Quem estiver nos grupos elegíveis deve procurar a unidade de saúde mais próxima e se proteger. Afinal, a prevenção não é apenas um ato individual — é um compromisso coletivo.
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