Em 2023, os dados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) revelaram um cenário marcante sobre a qualidade dos cursos de educação a distância (EaD) em comparação com os presenciais. De um total de 692 cursos EaD avaliados, apenas seis atingiram a nota máxima, representando 0,9% do total. Já nos cursos presenciais, o número foi bem mais expressivo: 492 graduações, ou 41% do total, alcançaram a excelência.
A avaliação do Enade considera boas as notas 4 e 5, o que significa que, entre os 3.888 cursos que atingiram esse patamar, 100 eram de EaD. Isso ilustra uma realidade desafiadora para a educação a distância, que, embora em crescimento, ainda enfrenta obstáculos para atingir os altos padrões de qualidade observados em modalidades presenciais.
No campo da medicina, os números também chamam atenção. De 309 cursos avaliados, apenas seis conquistaram a nota máxima no Conceito Preliminar de Curso (CPC), reafirmando que, mesmo em áreas tradicionais de excelência, o caminho para a perfeição acadêmica é árduo e exigente.
Esses dados não apenas expõem as disparidades entre as modalidades, mas também nos convidam a refletir sobre a constante evolução do ensino no Brasil, buscando entender os desafios, as oportunidades e as soluções para garantir que cada estudante, seja no modelo EaD ou presencial, tenha acesso a uma educação de qualidade.
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