Depois de anos enfrentando surtos cíclicos e sintomas incapacitantes, o Brasil dá um passo firme contra a chikungunya. A Anvisa acaba de aprovar o registro definitivo da primeira vacina contra a doença, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Valneva. A autorização vale para adultos a partir de 18 anos — um marco no enfrentamento de um vírus que, só em 2024, atingiu mais de 620 mil pessoas no mundo.
A vacina mostrou resultados promissores no estudo clínico de fase 3, conduzido com adolescentes brasileiros: todos os voluntários que já tinham tido contato com o vírus apresentaram anticorpos neutralizantes, e quase todos os que nunca haviam sido expostos também responderam bem à dose única.
Mais do que estatísticas, a aprovação representa alívio para regiões onde a chikungunya se repete ano após ano, causando dores prolongadas e sobrecarregando sistemas de saúde. Agora, o desafio será garantir que a proteção chegue a quem mais precisa — e que o mosquito, finalmente, encontre menos espaço para circular.
Comente sobre o post