A trajetória de Thaysa Emanuelle Bruno de Almeida como falsa corretora de imóveis chegou a um ponto crítico na última semana. Presa em Bananeiras (PB), no Brejo paraibano, ela agora enfrenta a Justiça após repetidas denúncias por práticas ilegais no setor imobiliário. A prisão preventiva foi decretada após novas evidências de fraude e apropriação indevida de valores pagos por locações.
Mesmo sem habilitação profissional, Thaysa atuava diretamente na intermediação de imóveis, principalmente para aluguel por temporada. A estratégia era moderna e persuasiva: usava redes sociais para captar interessados, vendia promessas e formalizava contratos — tudo sem respaldo legal. A atuação se dava, em parte, no escritório do ex-marido, um corretor regularmente inscrito no CRECI-PB, o que facilitava a aparência de legitimidade.
Entre 2022 e 2023, a mulher foi alvo de três autuações do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba(CRECI-PB), além de registros de ocorrência na Polícia Civil. As advertências, no entanto, não foram suficientes para conter a atuação irregular. Ela voltou a agir, mesmo sob escrutínio, evidenciando um padrão de reincidência que acendeu o alerta definitivo das autoridades.
Em sua mais recente investida, Thaysa é acusada de desviar pagamentos e entregar imóveis com padrões muito abaixo dos anunciados. Com isso, causou prejuízos financeiros e transtornos a famílias que buscavam locações para descanso ou moradia temporária.
Rômulo Soares, presidente do CRECI-PB, reforçou a necessidade de checar o registro de qualquer profissional da área antes de negociar. “A atuação de pessoas sem qualificação compromete a segurança dos contratos e a confiança no mercado”, declarou.
O caso de Thaysa serve de alerta sobre os riscos da informalidade no setor. Com a prisão, a Justiça busca coibir práticas que afetam tanto consumidores quanto a credibilidade da profissão.
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