A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do donanemabe, o primeiro medicamento disponível no país com indicação para Alzheimer em estágio inicial. A aprovação representa um avanço significativo no tratamento da doença, que afeta atualmente cerca de 2,7 milhões de brasileiros.
Desenvolvido para pacientes nos estágios iniciais, o donanemabe atua retardando a progressão dos sintomas em até 35%. O remédio não é uma cura, mas abre uma nova perspectiva de qualidade de vida para pessoas diagnosticadas precocemente. Ao agir sobre a proteína beta-amiloide, ligada à degeneração dos neurônios, o fármaco busca preservar funções cognitivas por mais tempo.
Com o envelhecimento da população, a expectativa é de que o número de casos no Brasil dobre até 2050. O impacto atinge não apenas os pacientes, mas também familiares e cuidadores, que enfrentam o desafio diário de lidar com uma doença progressiva e ainda sem cura definitiva.
A chegada do donanemabe ao país representa uma esperança concreta para milhares de famílias. Médicos ressaltam, no entanto, a importância do diagnóstico precoce, já que o remédio é indicado apenas para os estágios iniciais. Campanhas de conscientização e acesso ao diagnóstico serão peças-chave para que o tratamento tenha o alcance necessário.
O sistema de saúde brasileiro agora se prepara para discutir a incorporação do medicamento nas redes pública e privada. A decisão da Anvisa acende um novo caminho no enfrentamento do Alzheimer — um caminho que começa com o reconhecimento dos primeiros sinais de esquecimento.
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