Edy Star, nome fundamental da música brasileira e figura singular da contracultura nacional, morreu na madrugada desta quinta-feira (25), aos 87 anos, no Hospital Heliópolis, na zona sul de São Paulo. A causa da morte foi insuficiência respiratória, agravada por insuficiência renal aguda e pancreatite.
A internação de Star escancarou, mais uma vez, as falhas do sistema de saúde. Após sofrer uma queda em casa na semana passada, ele foi encaminhado à UPA da Vila Mariana, onde permaneceu por mais de 30 horas aguardando transferência. A remoção só ocorreu após intensa mobilização nas redes sociais, liderada pelo historiador Ricardo Santhiago, biógrafo do artista.
No hospital, Edy recebeu cuidados médicos até a madrugada, quando não resistiu. A equipe que o acompanhava informou que ele partiu de forma tranquila, sem dor.
Cantor, compositor, dançarino e produtor, Edy Star não cabia em rótulos. Foi o único artista nordestino no disco Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10, ao lado de Raul Seixas, Sergio Sampaio e Miriam Batucada — marco da música brasileira nos anos 1970.
O velório acontecerá nesta sexta-feira (26), das 10h às 13h, no Cemitério do Araçá. Edy Star sai de cena como viveu: sem concessões, fiel à arte e à liberdade que sempre defendeu — até o último aplauso.
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