Um ano depois do início do projeto-piloto da semana de quatro dias no Brasil, apenas 9 das 19 empresas que completaram o teste mantiveram o modelo proposto. A experiência previa redução da carga horária para 80% sem cortes salariais e com manutenção total da produtividade. As demais companhias optaram por adaptações ou retomaram formatos anteriores.
A iniciativa foi conduzida pela Reconnect Happiness at Work, em parceria com a organização internacional 4 Day Week. Ao todo, 21 empresas começaram o processo. Duas não chegaram ao fim: uma, no Rio Grande do Sul, enfrentou dificuldades operacionais devido a desastres climáticos; outra se retirou após mudanças na liderança.
Entre as que decidiram seguir por outros caminhos, algumas reorganizaram as escalas de forma parcial, outras adotaram modelos mais flexíveis, sem seguir rigorosamente o esquema 4×3. As decisões variaram conforme as necessidades internas, estrutura das equipes e características dos setores.
Participantes relataram que, mesmo sem aderir plenamente à proposta, o piloto provocou mudanças na forma de encarar a rotina profissional. Em muitos casos, abriu espaço para discutir eficiência, foco e equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.
A adoção parcial não significou fracasso, segundo os organizadores. Para eles, o experimento estimulou reflexões importantes sobre produtividade e bem-estar, pontos que devem continuar no centro das discussões sobre o futuro do trabalho.
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