A conta de energia elétrica vai pesar mais no bolso dos brasileiros a partir de maio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o acionamento da bandeira amarela, que acrescentará R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. A medida encerra um ciclo de cinco meses de tarifa verde e reflete a piora nas condições de geração hidrelétrica.
A decisão vem após a redução das chuvas, que comprometeu os níveis dos principais reservatórios do país. Sem a força das hidrelétricas, a saída é recorrer às termelétricas — alternativas mais caras e poluentes. O custo maior não afeta apenas a conta de luz residencial: setores produtivos também sentem o impacto, o que pode se traduzir em novos aumentos de preços e pressões sobre a inflação.
Para muitos consumidores, a notícia chega em um momento delicado, de poder de compra ainda fragilizado. Pequenas mudanças nos hábitos de consumo, como reduzir o uso de aparelhos elétricos em horários de pico, podem ajudar a minimizar o efeito no orçamento doméstico. A Aneel reforça que o uso consciente da energia será essencial para atravessar este novo período de tarifas mais altas.
Além do peso imediato nas despesas, o retorno da cobrança extra reacende discussões sobre a necessidade de fortalecer a matriz energética brasileira diante das variações climáticas. O cenário de menos chuvas nos próximos meses amplia a preocupação e destaca a urgência de investimentos em fontes alternativas e políticas mais flexíveis para o setor.
A bandeira amarela não é apenas um recado para reduzir o consumo. É também um lembrete de que a energia que move o país depende, cada vez mais, de planejamento e responsabilidade coletiva.
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