Foi por acaso, entre tentativas frustradas e um coral de igreja, que nasceu o Post-it, um dos ícones do dia a dia moderno. Tudo começou em 1968, quando o cientista Spencer Silver, da 3M, tentava desenvolver um superadesivo para a indústria aeroespacial. O resultado, porém, foi um composto bem diferente: grudava pouco, saía fácil e parecia não ter utilidade prática.
A invenção quase ficou esquecida, até que, seis anos depois, o engenheiro Art Fry, também da 3M, buscava uma maneira de não perder as marcações nos hinos do coral onde cantava. Lembrou do “adesivo fraco” do colega e, juntos, deram novo destino à criação. O que era para ser um supercolante virou um papel que gruda e desgruda sem estragar — perfeito para anotações e recados.
O produto foi lançado como Press ‘n Peel e, em 1980, ganhou o nome e a cor que atravessaram décadas. O tom amarelo, símbolo dos Post-its, foi escolha do acaso: era o papel disponível no laboratório vizinho. Hoje, mais de 50 bilhões de unidades são vendidas por ano em 150 países, e a linha já soma mais de mil variações. Tudo graças a uma descoberta fora do roteiro — e ao improviso de um coralista.
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