Em meio à movimentação pela definição das comissões da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira, 28, que o debate sobre a redução da jornada de trabalho deve entrar na pauta em breve. A proposta visa substituir o atual regime de seis dias semanais por uma nova configuração, ainda em análise.
Durante participação no J. Safra Macro Day 2025, em São Paulo, Motta ressaltou que sua gestão pretende tratar o tema com neutralidade institucional. “Quem preside a Câmara não pode ter preconceito com nenhuma pauta, seja anistia ou PEC 6×1. Precisamos enfrentar todas essas discussões”, declarou.
O parlamentar admitiu que ainda não se debruçou sobre a proposta, já que seus primeiros meses à frente da Câmara foram dedicados à organização interna. No entanto, garantiu que a matéria será tratada com a atenção devida. “Esse debate vai chegar, e nós vamos fazer o que se espera da instituição”, afirmou.
Motta ponderou, no entanto, que embora a redução da jornada seja uma ideia que atrai a opinião pública, é necessário avaliar seus impactos práticos. “Não adianta vender sonhos que não podem ser realizados. Isso seria desrespeitar o eleitor”, alertou. Ele defendeu ainda que até as eleições de 2026, a condução dos trabalhos legislativos deve ser pautada pela responsabilidade e equilíbrio.
A discussão sobre a redução da carga semanal já está presente no Congresso em diversas frentes. A proposta mais recente foi apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), mas iniciativas similares tramitam tanto na Câmara quanto no Senado.
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