O Ministério Público da Paraíba (MPPB) interditou, na manhã desta segunda-feira (5), uma comunidade terapêutica localizada no município de Queimadas, no Agreste do estado. A operação resultou no resgate de nove pessoas em situação de vulnerabilidade.
Segundo o promotor de Justiça Márcio Teixeira, os relatos colhidos no local apontam práticas graves de violação de direitos humanos, como maus-tratos, tortura e o uso indevido de medicamentos para conter pacientes. A situação de higiene e alimentação também foi considerada extremamente precária, colocando em risco a saúde dos internos.
Durante a inspeção, as equipes identificaram irregularidades estruturais, como uma cerca elétrica fora dos padrões de segurança. Além disso, uma mulher com deficiência intelectual foi encontrada dividindo espaço com homens, o que viola normas básicas de acolhimento.
Um dos internos, que se apresentou como “coordenador” da unidade, revelou que os residentes haviam sido transferidos de uma outra casa interditada anteriormente em Campina Grande.
Todos os pacientes foram encaminhados à Secretaria Municipal de Saúde e as famílias já estão sendo contatadas para os resgates individuais. O caso seguirá sob investigação, com possibilidade de responsabilização dos gestores da unidade.
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