O governador João Azevêdo (PSB) afirmou, durante entrevista à imprensa nesta segunda-feira (13), que não tomará partido na escolha do nome que representará o Progressistas (PP) na disputa pelo Governo da Paraíba em 2026. A decisão, segundo ele, cabe exclusivamente ao próprio partido, que atualmente tem como principais nomes o vice-governador Lucas Ribeiro e o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena.
“Cabe ao Progressistas definir entre o vice-governador Lucas Ribeiro e o prefeito Cícero Lucena a sua participação na chapa. Não é uma preferência nossa. Se eu me afastar, será Lucas o governador. Mas a definição do candidato, se será Lucas, Cícero ou outro nome, será do Progressistas. Fica estranho imaginar que será outro partido que vai interferir”, afirmou o governador.
A declaração ocorre em meio à disputa silenciosa — mas pública — entre os dois líderes progressistas, que buscam consolidar espaço como pré-candidatos ao Palácio da Redenção. Azevêdo reforçou que a composição da chapa majoritária governista será feita com diálogo e sem imposições, rechaçando práticas de “coronelismo político”.
“Essa talvez seja uma diferença muito grande na forma de fazer política que alguns estão acostumados: decidir e acabou, sem respeitar as decisões alheias. Não é assim que eu faço política”, afirmou.
João também destacou que a escolha do nome que concorrerá ao governo será resultado de um processo colegiado entre os partidos aliados e que sua eventual saída do cargo para disputar o Senado só ocorrerá se houver uma equação política que garanta a continuidade administrativa do Estado.
“É um esforço grande manter o Estado como ele está: respeitado, com autoestima elevada, fora das páginas policiais e reconhecido nacionalmente pelas políticas públicas de referência. É preciso garantir a continuidade desse projeto para que a Paraíba continue crescendo.”
O governador revelou ainda que tem sido incentivado a disputar o Senado pelo presidente Lula (PT) e pela direção nacional do PSB. Segundo ele, o tema tem peso e está em avaliação.
“Nas vezes que estive com o presidente Lula, ele reafirmou o interesse de que eu coloque meu nome para o Senado. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, também já manifestou esse desejo. É algo que está sendo considerado com muita seriedade.”
Por fim, Azevêdo tratou como “muito difícil” uma reaproximação com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), devido às alianças locais do emedebista com grupos bolsonaristas na Paraíba, apesar de sua atuação como aliado do governo Lula em Brasília.
“Quem escolheu outro caminho não fui eu. Ele defende o governo Lula, mas em Campina Grande é aliado de grupos bolsonaristas. Isso torna qualquer recomposição extremamente difícil. Somos frutos das escolhas que fazemos. O senador escolheu o caminho dele.”
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