O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez críticas ao governo federal após o anúncio de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em operações de crédito para empresas e compra de moeda estrangeira em espécie. A manifestação aconteceu nesta segunda-feira (26) nas redes sociais.
A medida do governo foi alvo de reação tanto na Câmara quanto no Senado, onde parlamentares da oposição protocolaram diversos projetos para tentar sustar os efeitos do decreto que altera o IOF. Também foi apresentado um requerimento para convocar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a fim de prestar esclarecimentos sobre o tema.
Além do aumento no IOF, a equipe econômica anunciou o bloqueio de R$ 31,3 bilhões em despesas do Orçamento de 2025, como forma de cumprir as metas do novo arcabouço fiscal, em meio ao crescimento de gastos obrigatórios e frustração na arrecadação.
O governo recuou parcialmente das mudanças após repercussão negativa. A proposta inicial previa aumento da alíquota de IOF de 0% para 3,5% em algumas operações, gerando forte reação do mercado e da classe política. Após ajustes, o Ministério da Fazenda esclareceu que remessas ao exterior destinadas a investimentos continuarão sendo tributadas na alíquota atual de 1,1%, sem alterações.
O recuo foi motivado por receio de disseminação de desinformação nas redes, fenômeno que já havia ocorrido no passado, com impacto na popularidade do governo.
As discussões sobre as mudanças no IOF acontecem paralelamente ao andamento dos depoimentos no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado, envolvendo o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e oficiais militares.
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