O cantor Lenno Márcio, vocalista da banda Desejo de Menina, teve a prisão revogada pela Justiça de Pernambuco. A decisão é do juiz Tomás Cavalcanti Nunes Amorim, da Vara Única de Santa Maria da Boa Vista, o mesmo magistrado que havia decretado a prisão preventiva do artista após ele se envolver em um grave acidente de trânsito no sertão pernambucano.
A liberdade provisória, no entanto, está condicionada ao cumprimento de medidas cautelares. Entre elas, o pagamento de uma fiança no valor de R$ 40 mil, que deve ser quitada no prazo de até 48 horas, sob pena de retorno imediato à prisão. Além disso, Lenno teve sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa, ficando proibido de conduzir qualquer veículo automotor durante o processo.
A decisão também obriga o cantor a manter seu endereço residencial e seus dados de contato atualizados, devendo comunicar qualquer mudança à Justiça no prazo de 48 horas.
De acordo com o processo, a revogação da prisão aconteceu após a apresentação de novos elementos relacionados ao acidente. Um laudo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontou que Lenno não apresentava sinais de embriaguez quando os agentes chegaram ao local. A perícia inicial também indicou que pode ter ocorrido culpa concorrente, uma vez que o outro motorista teria realizado uma manobra irregular na via, o que pode ter contribuído diretamente para a colisão.
O acidente ocorreu na BR-428, na zona rural de Santa Maria da Boa Vista (PE). Segundo informações preliminares da PRF e de testemunhas, o cantor trafegava em uma caminhonete quando colidiu violentamente com outro veículo. A batida resultou na morte do condutor do carro menor, gerando grande repercussão na região e nas redes sociais.
Ainda segundo a decisão judicial, pesou a favor do cantor o fato de ele ter colaborado com as investigações desde o início, não ter tentado fugir do local e não apresentar antecedentes criminais ou envolvimento em novos incidentes após o ocorrido.
O Ministério Público de Pernambuco também emitiu parecer favorável à revogação da prisão, reconhecendo que os elementos coletados até aqui não justificariam a manutenção da medida mais gravosa, que é a prisão preventiva.
Lenno segue respondendo ao processo em liberdade, mas deverá cumprir todas as determinações da Justiça até o julgamento final do caso.
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