A convenção nacional do PSDB aprovou, nesta quinta-feira (5), a incorporação do partido Podemos. A decisão foi tomada por ampla maioria, com 201 votos favoráveis e apenas 2 contrários, formalizando um processo que já vinha sendo articulado nos bastidores como estratégia para fortalecer a legenda diante da perda de quadros políticos nos últimos anos.
Diferente do que se cogitou inicialmente, quando se falava em uma fusão para a criação de uma nova sigla, as negociações avançaram para o modelo de incorporação. A escolha desse formato levou em consideração a atual federação do PSDB com o Cidadania, o que poderia gerar impasses jurídicos em caso de uma fusão formal.
Com a incorporação, o Podemos deixa de existir como partido autônomo e passa a integrar a estrutura do PSDB, que mantém seu nome, número e estatuto. A medida amplia a base política dos tucanos e busca reposicionar o partido no cenário nacional, especialmente com foco nas eleições municipais de 2024 e nas articulações para 2026.
Atualmente, o Podemos tem cerca de 15 parlamentares no Congresso Nacional, entre deputados federais e senadores. Com a incorporação, o PSDB passa a contar com aproximadamente 35 parlamentares, além de vereadores, prefeitos e outras lideranças regionais que reforçam a estrutura partidária.
O processo de incorporação será formalizado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana. A expectativa é de que o trâmite seja concluído até outubro de 2025, prazo estimado para a homologação final pela Justiça Eleitoral.
A medida faz parte de um movimento mais amplo de reconfiguração partidária no Brasil, impulsionado pela cláusula de barreira, que exige desempenho mínimo nas eleições para garantir acesso aos recursos do fundo partidário e ao tempo de rádio e TV.
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