O processo de recuperação ambiental do Rio Jaguaribe, um dos principais mananciais que cortam João Pessoa, ganhará reforço com a criação de um comitê interinstitucional. O grupo será responsável por definir e implementar um conjunto de ações emergenciais e de médio prazo para conter os impactos da poluição que afeta o rio e as praias próximas, como Intermares e Poço, em Cabedelo.
Entre as medidas imediatas, está a identificação e responsabilização de pessoas ou empresas que estão despejando esgoto de forma irregular no curso d’água. Além disso, será elaborado um plano de fiscalização mais rigoroso, com monitoramento contínuo da qualidade da água e aplicação de penalidades aos poluidores.
O comitê contará com representantes de órgãos ambientais, gestores municipais, instituições de abastecimento e saneamento, além de organizações da sociedade civil. A ideia é integrar forças para desenvolver soluções estruturais, que incluem desde a instalação de ecobarreiras e sistemas de fitorremediação até a recuperação das margens do rio e ações de educação ambiental com a população local.
Recentemente, vistorias técnicas identificaram manchas escuras e presença de espuma densa em diferentes pontos do Jaguaribe. O problema é agravado pelo lançamento de esgoto clandestino e acúmulo de lixo, o que compromete tanto o meio ambiente quanto a saúde pública.
O plano de ação também prevê a limpeza e o desassoreamento do leito do rio, além da elaboração de um projeto para criação de um parque ecológico, com preservação do manguezal e incentivo ao turismo sustentável na região.
As instituições envolvidas terão um prazo inicial de 15 dias para apresentar as primeiras medidas emergenciais. A expectativa é que o comitê acelere a recuperação do Rio Jaguaribe, melhorando a qualidade de vida das comunidades ribeirinhas e protegendo um dos principais recursos naturais da capital paraibana.
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