Se você achava que Ozzy Osbourne já tinha contado tudo — desde os morcegos até os reality shows —, é porque ainda não leu Last Rites, o novo livro de memórias que o Príncipe das Trevas vai lançar no dia 7 de outubro. E, como o próprio título sugere, não espere um conto leve sobre aposentadoria e jardinagem.
Ozzy promete entregar, em três formatos (capa dura, e-book e audiolivro — com sorte narrado por ele mesmo, com aquele sotaque que desafia até o inglês), um mergulho profundo e torto nos bastidores do que talvez tenha sido seu último adeus aos palcos. E quando dizemos “mergulho”, falamos de um homem que enfrentou paralisia quase total do pescoço para baixo e ainda assim encontrou tempo e voz para refletir sobre a própria trajetória — entre cirurgias, microfones e caos.
Segundo a descrição oficial, é um livro “amargamente hilário”, o que, no caso de Ozzy, significa provavelmente que você vai rir enquanto se pergunta se ele realmente sobreviveu a tudo aquilo. Spoiler: sobreviveu. Contra todas as expectativas médicas e humanas, aliás.
A nova autobiografia chega 16 anos depois de Eu Sou Ozzy, que já tinha deixado muita gente boquiaberta (e outras tantas se perguntando como ele lembrava de tanta coisa). Agora, Last Rites entra como uma espécie de segundo testamento do roqueiro que se recusa a obedecer as leis da biologia, da lógica e da aposentadoria.
Em um tempo em que todo mundo parece querer se reinventar como guru de produtividade, Ozzy aparece como o antídoto: uma lenda que mal consegue ficar em pé, mas ainda sabe como manter uma plateia (ou editora) na palma da mão.
Se esse for mesmo seu “último rito”, ao menos vai ser com barulho, irreverência e, claro, algumas doses generosas de sinceridade brutal — do tipo que só alguém que já confundiu um morcego com petisco pode oferecer.
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