Uma arma de fogo apreendida em Bayeux pode ter sido usada na chacina que vitimou quatro jovens durante uma festa na Praia do Sol, em João Pessoa. A informação foi confirmada pela Polícia Civil da Paraíba, que investiga a conexão entre o armamento e o ataque ocorrido no dia 6 de julho. A arma passará por perícia técnica nos próximos dias.
Durante a operação, realizada nesta quarta-feira (16) em uma localidade conhecida como Casa dos Artistas, dois homens foram presos, um por tráfico de drogas e outro por posse ilegal de armamento de uso restrito, além de envolvimento com o comércio ilícito. De acordo com o delegado Douglas Garcia, os detidos não participaram diretamente da chacina, mas são ligados à mesma facção criminosa que atua no Rio de Janeiro e tenta expandir território na Grande João Pessoa.
Um terceiro suspeito, apontado como possível participante do ataque na Praia do Sol, conseguiu escapar da ação. Ele estaria escondido na região e seria alvo de mandado de prisão. A polícia continua as buscas.
A operação resultou ainda na apreensão de outra arma, munições e celulares. Todo o material será encaminhado para análise pericial. A delegada Luísa Correia, do Núcleo de Homicídios da capital, confirmou que investigações em Bayeux estão sendo conduzidas em paralelo às apurações da chacina, diante de indícios de conexões entre os suspeitos.
A chacina chocou moradores da região sul de João Pessoa. Os criminosos chegaram de moto durante uma confraternização e abriram fogo contra as pessoas que participavam do evento. Quatro jovens foram mortos: Maria Clara Henriques da Costa (21), Welton Rodrigues de Sousa (20),Danyelle Cristina Andrade da Silva (20) e Rafael Daniel dos Santos Gomes (20). Maria Clara estava grávida de três meses. Outras duas pessoas ficaram feridas.
Os corpos foram sepultados no dia seguinte, no cemitério do bairro do Cristo Redentor. O caso é tratado como resultado de confronto entre facções rivais que disputam pontos de tráfico e controle territorial na capital.
A Polícia Civil segue colhendo depoimentos e cruzando informações com outras delegacias da região metropolitana. A expectativa é que os resultados da perícia nas armas apreendidas ajudem a esclarecer a autoria do crime e consolidar o inquérito que apura o caso.
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