A prefeita de Cajazeiras, Corrinha Delfino (PP), entregou no longínquo 15 de janeiro de 2025 um singelo pedido de audiência ao governador João Azevêdo (PSB). Seis meses depois, o silêncio reina absoluto, ou melhor, reina com classe. Nada de resposta, nada de data. Talvez estejam escolhendo a cadeira certa para recebê-la. Quem sabe ajustando a temperatura do ar-condicionado do gabinete. Afinal, receber prefeita é coisa séria.
Corrinha, por sua vez, segue administrando uma das principais cidades da Paraíba enquanto aguarda que, um dia, alguém do Palácio da Redenção se lembre que a Paraíba tem um sertão. Ela afirma que quer tratar de pautas “estruturantes”. A ousadia! Como é que alguém imagina discutir melhorias com o governo em pleno 2025?
O governador, diplomático, disse que o pedido “ainda não chegou até ele”. Claro. Pode estar engavetado ao lado de algum memorando de 2019. E prometeu que, caso chegue, não vê problema em receber a prefeita. Muito generoso.
Enquanto isso, o deputado Chico Mendes (PSB), que por pura coincidência foi adversário de Corrinha nas eleições passadas, garante que a audiência vem aí, mas o governador, veja só, não vai participar. Alguém precisa manter a compostura institucional, não é?
O deputado estadual Júnior Araújo (PSB), por sua vez, acredita piamente que o governador vai atender. Ele acredita. A fé move montanhas… ou ao menos empurra compromissos para o futuro indefinido.
Enquanto isso, Cajazeiras espera. E o relógio do Palácio da Redenção segue funcionando… mas em outro fuso.
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