O financiamento bancário para o setor imobiliário levou um corte profundo em 2025. Segundo levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), os recursos destinados às construtoras encolheram quase 50% em relação ao ano anterior, um baque que já pressiona os novos lançamentos e ameaça a engrenagem da construção civil.
Com o custo do crédito em alta, os bancos apertaram ainda mais os cintos, reduzindo drasticamente o fôlego financeiro das incorporadoras. A travessia ficou ainda mais estreita: menos dinheiro no mercado, menos obras saindo do papel e o consumidor, que já paga caro por tijolo e metro quadrado, pode acabar sentindo o impacto no bolso e na oferta.
Em meio à retração, ressurgem propostas para blindar as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) de uma possível tributação. O argumento é simples: mexer nesse instrumento pode afastar ainda mais os investidores de um setor já fragilizado.
Com menos crédito na praça e mais incerteza no horizonte, o risco de gargalos na cadeia produtiva do setor se torna real. O tijolo virou luxo, o juro virou obstáculo e o futuro dos lançamentos, por ora, permanece empacado nos cálculos.
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