A semana começa com novas movimentações no campo da extrema direita, tanto no Brasil quanto no cenário internacional. Nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump afirmou que pretende aplicar, já nesta sexta-feira, uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros — medida que pode impactar diretamente setores estratégicos da economia nacional, como o agronegócio e a indústria de transformação.
No Brasil, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro seguem promovendo gestos simbólicos de protesto contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente do ministro Alexandre de Moraes. Um dos episódios mais recentes foi protagonizado pelo deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), que divulgou uma foto com a boca coberta por esparadrapo, em alusão a um suposto “silenciamento” — em resposta à determinação judicial que exigiu a retirada de acampamentos bolsonaristas da Praça dos Três Poderes.
Outro personagem frequente nas redes bolsonaristas, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto, publicou um vídeo vestindo a camisa da seleção brasileira, sem falar uma única palavra e fazendo gestos não identificáveis. O silêncio, dessa vez, foi interpretado como crítica à atuação do Judiciário, mas também rendeu comentários irônicos nas redes sociais, onde o ex-ministro é lembrado por apresentações polêmicas com sanfona (melhor nem tocar) em eventos oficiais.
Os episódios, embora carregados de teatralidade, acendem alertas sobre o uso político das redes sociais e o clima de constante tensão entre os Poderes da República. Ao mesmo tempo, refletem a tentativa de manter engajado o núcleo mais fiel do bolsonarismo — com discursos que misturam queixas de censura, críticas ao STF e a defesa de supostas liberdades em risco.
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