Um dente que cresce na gengiva, se conecta sozinho aos nervos e ainda sente o que está acontecendo na boca. Parece exagero? Pois foi exatamente isso que pesquisadores da Universidade Tufts, nos EUA, apresentaram recentemente e não, não é roteiro de filme, é ciência mesmo.
A ideia é simples no conceito, mas ambiciosa na prática: usar células-tronco e proteínas regenerativas para criar um “novo dente” dentro do próprio organismo, com direito a raiz funcional, sensibilidade e integração natural ao sistema nervoso. Tudo isso sem furar o osso, sem parafuso e sem a tradicional broca que assombra consultórios há gerações.
Nos testes com ratos, os cientistas observaram que os nervos se reconectaram espontaneamente ao implante em até seis semanas. Isso significa que o corpo reconheceu o “novo dente” como algo seu e voltou a tratá-lo como parte viva da boca, não como um acessório estranho.
Se os resultados se repetirem em humanos, o impacto pode ser enorme. Não só para a odontologia, que ganharia um substituto mais natural para as próteses atuais, mas para toda a medicina regenerativa, que anda em busca de soluções que o corpo aceite sem reclamar.
A expectativa é de que os testes clínicos com pessoas comecem em breve. Até lá, a ciência mastiga lentamente essa inovação que, ao que tudo indica, veio para arrancar o velho modelo pela raiz.
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