Uma intensa série de evacuação foi determinada nas regiões costeiras do Pacífico colombiano nesta quarta-feira (30). A Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (UNGRD) declarou alerta laranja nos departamentos de Nariño, Chocó, Cauca e Valle del Cauca, movimentando as comunidades a se retirarem das praias e áreas de maré baixa. A medida se dá em resposta ao terremoto de magnitude 8,8, ocorrido na costa da península russa de Kamchatka, que desencadeou ondas sísmicas que se propagam por todo o Oceano Pacífico.
As autoridades alertaram sobre correntes marítimas fortes e previsão de tsunamis entre 1 a 3 metros de altura, com primeiras ondas estimadas chegar por volta das 10h03 locais (12h03, horário de Brasília) à ilha de Malpelo, aproximadamente 500 km da costa colombiana.
O terremoto, considerado um dos mais potentes já registrados por atingir magnitude 8,8, teve origem a uma profundidade de cerca de 19 a 25 km sob o leito marinho, a cerca de 120 km de Petropavlovsk‑Kamchatsky. A força do abalo gerou réplicas significativas e erupção do vulcão Kliuchevskoy, presente na região.
Na cidade costeira de Severo-Kurilsk, as ondas ultrapassaram 4 metros e invadiram portos e ruas baixas, causando danos estruturais. Apesar da magnitude, não há confirmação de vítimas fatais até o momento.
O alerta se estendeu além da Colômbia: Japão evacuou quase 2 milhões de pessoas, incluindo operações preventivas em usinas nucleares, com previsão de ondas de até 3 metros. Hawai’i registrou ondas de até 1,7 metros, mas posteriormente rebaixou o alerta. A Costa Oeste dos EUA, incluindo Califórnia, Oregon e Washington, colocou áreas sob observação, com ondas de até meio metro em algumas regiões costeiras.
Equador, Peru e Chile também decretaram evacuações preventivas, fecharam portos e monitoram possíveis impactos. Na Isla de Pascua, o governo chileno ordenou retirada de residentes diante da iminência de surto de ondas de até 3 metros.
Especialistas destacam que os sistemas de alerta precoce desempenharam papel decisivo para evitar tragédias. Embora o tremor tenha sido extremo, as infraestruturas de monitoramento funcionaram de forma eficaz para minimizar impactos humanos em toda a costa do Pacífico.
As próximas 48 horas serão cruciais para avaliar os efeitos completos do evento, inclusive quanto à estabilidade geológica, possíveis réplicas e impactos socioambientais nas regiões costeiras.
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