A ideia de que o consumo social de álcool é inofensivo continua popular, mas a ciência já desmontou esse mito. Evidências recentes mostram que até doses consideradas leves podem provocar alterações significativas no cérebro.
Um estudo da Universidade da Pensilvânia, baseado em exames de imagem de mais de 36 mil pessoas, identificou uma relação direta entre o consumo de álcool e a redução de estruturas cerebrais fundamentais, como a substância cinzenta e branca. E os efeitos começaram a aparecer com o equivalente a apenas uma taça de vinho por dia.
A longo prazo, os danos são ainda mais claros. Pesquisadores britânicos acompanharam adultos por três décadas e constataram que o álcool está associado à atrofia do hipocampo, região crucial para a memória e o aprendizado.
Os cientistas são categóricos: não existe um nível seguro de consumo quando se trata da saúde cerebral. O impacto é cumulativo e pode passar despercebido por anos, até comprometer funções cognitivas de maneira irreversível.
Portanto, se a desculpa for “só um drinque para relaxar”, vale lembrar que, para o cérebro, não existe hora social, só risco real.
Comente sobre o post