Nascido nos quintais quentes do Brasil, especialmente no Nordeste, o cajá é aquele tipo de fruta que chega devagar, mas conquista no primeiro gole de suco. Pequeno, amarelinho e azedo na medida, ele não é só estrela de refrescos de verão: também virou aliado da saúde em diversas frentes.
Com polpa firme e aroma inconfundível, o cajá concentra boa parte de seus poderes nutricionais em poucos centímetros. É fonte generosa de vitamina C, potássio, cálcio e fibras, um combo que reforça o sistema imunológico, ajuda na digestão e ainda dá uma força para quem quer cuidar da pele e do coração.
A nutricionista Patrícia Leite explica que as fibras do cajá ajudam a manter o intestino funcionando bem, enquanto a vitamina C atua como antioxidante, protegendo as células do desgaste natural do organismo. Já o potássio colabora para controlar a pressão arterial, um cuidado essencial em tempos de rotinas agitadas e alimentação desbalanceada.
Mas como toda fruta potente, o cajá também exige moderação. Por ser ácido, pode irritar o estômago de quem já sofre com gastrite ou úlceras. E há mais um alerta: versões industrializadas, em forma de doces, geleias ou compotas, costumam vir carregadas de açúcar, o que enfraquece os benefícios naturais da fruta.
Outro ponto curioso? Há quem use o cajá até na cozinha salgada, como ingrediente de molhos cítricos para carnes e peixes. Além disso, a fruta é cada vez mais valorizada na gastronomia brasileira contemporânea, saindo da feira para brilhar em cardápios de chefs que apostam nos sabores nativos do país.
No fim das contas, o cajá é mais do que uma lembrança de infância ou um suco gelado no copo de plástico. É um ingrediente cheio de possibilidades, nutritivo, versátil e 100% brasileiro.
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