O pica-pau, aquele martelinho ruidoso da natureza, é muito mais do que um barulhento derrubador de árvores. Por trás daquele bico incansável esconde-se uma engenhosa máquina de proteção cerebral. A língua desse pássaro é tão extravagante que, quando está guardadinha, dá uma volta completa no crânio, tipo um cinto de segurança biológico que mantém o cérebro firme e forte enquanto ele desfere seus golpes.
Mas a língua não é a única estrela do espetáculo. O pica-pau conta também com ossos do crânio especialmente reforçados, quase sem líquido entre eles para evitar que o cérebro fique “batendo” para lá e para cá, e um bico desenhado para absorver e dissipar a força do impacto. Ou seja: enquanto a gente já fica zonzo só de pensar em dar uma martelada, ele segue firme, martelando sem problemas, uma verdadeira obra-prima da engenharia evolutiva.
Se algum dia você achar que o seu capacete de bicicleta é exagerado, lembre-se do pica-pau, ele não precisa de nada além desse sistema natural para aguentar o tranco. Quem diria que por trás daquele som irritante e persistente existiria tanta ciência? Talvez o verdadeiro segredo do pica-pau seja saber bater sem perder a cabeça. Literalmente.
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