O influenciador paraibano Hytalo Santos foi preso nesta sexta-feira (15) em uma operação integrada do Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do GAECO, com apoio do Ministério Público do Trabalho, da Polícia Civil da Paraíba e de São Paulo, da Polícia Rodoviária Federal e do CIBERLAB/SENASP. Ele é investigado por envolvimento nos crimes de exploração sexual infantil.
A prisão foi realizada em cumprimento a mandado expedido pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, assinado pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa. Também foi preso Israel Nata Vicente, apontado como outro envolvido no caso.
As investigações, conduzidas com rigor técnico e discrição, apontam que as vítimas, incluindo crianças e adolescentes, estavam sendo exploradas dentro do ambiente digital, o que motivou a atuação do CIBERLAB, laboratório especializado em crimes cibernéticos ligado ao Ministério da Justiça, conforme apurou o Notícia Paraíba.
O caso ganhou repercussão após denúncias públicas de exposição indevida de menores nas redes sociais do influenciador, incluindo vídeos considerados inapropriados, com conteúdos de “adultização” e possíveis relações com emancipações forjadas em troca de presentes e favorecimentos.
Antes da prisão, medidas cautelares já haviam sido determinadas pela Justiça da Paraíba, como:
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Bloqueio das redes sociais de Hytalo;
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Desmonetização dos vídeos;
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Proibição de contato com adolescentes mencionados nas investigações;
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Apreensão de computadores e celulares.
As instituições envolvidas ressaltaram que o caso exige tratamento responsável, sem sensacionalismo e com máximo respeito à dignidade das vítimas, especialmente diante da gravidade da exploração sexual de menores, ainda mais quando ocorre em meios digitais.
O Ministério Público reforçou ainda a importância do combate ao tráfico humano em âmbito estadual, destacando que muitas vítimas são aliciadas e exploradas dentro das próprias comunidades, especialmente em contextos de vulnerabilidade social.
A operação também evidenciou os impactos negativos do vazamento de informações sigilosas durante a investigação, o que colocou em risco a segurança das vítimas e prejudicou o andamento dos trabalhos. Por isso, os órgãos reforçaram o apelo para que a sociedade contribua com denúncias responsáveis e evite a exposição indevida dos envolvidos.
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