O Brasil, já conhecido mundialmente por suas praias e destinos turísticos, ganha cada vez mais espaço em um setor diferente: o turismo médico. Segundo levantamento da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o país realizou mais de 2 milhões de procedimentos apenas no último ano, liderando o ranking global de cirurgias plásticas.
O fenômeno tem atraído um fluxo crescente de pacientes estrangeiros. Estima-se que cerca de 140 mil pessoas desembarquem anualmente em território nacional em busca de procedimentos como lipoaspiração de alta definição, rinoplastia e harmonização facial, de acordo com dados do Ministério do Turismo.
A capital paulista concentra o maior volume desse movimento. Relatório da São Paulo Turismo aponta que a cidade responde por 12% dos turistas de saúde do país e mais de um terço das cirurgias plásticas realizadas no Brasil.
Embora o preço seja um fator decisivo, podendo ser até 70% inferior ao praticado em países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, especialistas afirmam que a escolha dos estrangeiros vai além da economia. A reputação internacional dos cirurgiões brasileiros, associada ao atendimento considerado mais humanizado, é um dos principais atrativos.
O mercado mundial de turismo médico movimenta atualmente mais de US$ 40 bilhões e deve crescer 21% ao ano até 2032, segundo relatório da Grand View Research. No Brasil, a expectativa é que o setor alcance US$ 13 bilhões até 2030, com avanço anual entre 15% e 25%.
Para especialistas do setor, o país tem potencial para disputar espaço com destinos consolidados, como Turquia, México e Tailândia. “Com mais estrutura e regulamentação, o Brasil pode se tornar referência global no segmento”, avalia o consultor em saúde internacional, André Longo.
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